segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Deixa- me carregar o vento!

Andava como se estivesse surdo pro mundo mas não mantia nenhum fone de ouvido como de costume em todas as manhas pelo caminho, enquanto ia trabalhar.
Ouvia apenas uma voz que abria e fechava a porta de seu coração, que fazia ter medo de nada, exceto o nada que podia encontrar se olhasse fundo, dentro de si.
Uma voz que, assim como um sopro leve que acalma, o fazia flutuar, em vez do sentimento das velhas passadas rotineiras.
Uma voz que, parece uma mão que acalenta a alma e que se quer deixar levar como quem é arrastado pelo braço.
Uma voz que, sentida ao pé do ouvido faz a nuca arrepiar, como se sussurrasse ao seu ouvido coisas que não poderia esquecer.
Sentindo como um corpo quente aproximado ao seu, como quem respira um beijo, como quem respira vida. E como se a vida fosse tomada do seu corpo a cada beijo. Um voz, um sentido, um sentimento esquecido que se fez lembrar de um vez, por um sopro envaidecido do vento que passava.

1 comentários:

Jefferson Coelho disse...

Pois é Manu....eu sempre soue que vc tinha um talento absurdo para escrever, mesmo que vc insista em dizer o contrário....Estou com você por todo sempre...Bjaum garota! Você sabe que arrasa sempre em tudo que faz néh? Bjaum gigante! Ahh tô te seguindo no teu blog viu....dá uma olhadinha no meu tb...é meio chatinho, da área técnica do turismo, mas tem um caso pitoresco lá que acho que vc vai gostar..."turbulência no vôo" me conta o que acho depois....